Futebol de Botequim é destaque no jornal Destak!

Recebi a notícia antes do esperado: o FB foi indicado na seção “Blog do Leitor” no jornal Destak de São Paulo. Foi também um presente de Natal antecipado. Muito legal o reconhecimento e como o blog foi descrito:

“O blog conta com matérias divertidas sobre a paixão nacional e mantém as polêmicas futebolísticas em pauta...”

A frase tem bastante da concepção do Futebol de Botequim.

Obrigados aos amigos e leitores que fizeram parte dessa (ainda) breve história em 2010. Boas festas e um próspero 2011!

Sobre o Destak

Primeiro jornal de distribuição gratuita e grande circulação do país, o Destak foi lançado em 06 de julho de 2006, em São Paulo. O público é estimado em 800 mil pessoas (IBOPE) na cidade de São Paulo e possui circulação de 230 mil exemplares.

Adeus ano velho, Feliz Ano novo!

Mais uma temporada se vai, a Libertadores ficou em solo nacional a Sul-Americana quase. O Fluminense, mais do que merecido abocanhou o título nacional. Sem esquecer da Copa do Brasil, “Santos Santos GOL”, que time. Ano de surpresas: Inter campeão de novo, Goiás sendo protagonista na véspera de natal, Fluminense campeão, Jonas artilheiro, Bruno Cesar revelação.

Voltando a janeiro, Copa SP de Futebol Juniors, o único "titulo" do SPFC no ano, outra surpresa. Janeiro também teve início o Paulista e com ele o protagonista do ano: Santos Futebol Clube. Ofuscado pela Copa do Mundo e pela janela de transferência, mas o Santos do 1º semestre encheu os olhos. Até o Pará foi taxado de craque, Neymar, Ganso, Robinho e André trouxeram a alegria de volta ao futebol brasileiro, por trás deles Arouca e Wesley. Lá atrás, o Santos tomava seus golzinhos, mas os meninos da Vila faziam mais e deu gosto de ver.

O ano seguiu e os holofotes se viraram para o Corinthians e a tão sonhada Libertadores. Ano de centenário, time formado por Ronaldo, Roberto Carlos, Elias, Mano Menezes, Fiel torcida. Melhor campanha na primeira fase, quem vem? Milionários, Dep. Tachira? Não, Flamengo. E com o Flamengo a decepção, o centenário acabou ali, os mais fieis ainda davam bola para o brasileirão, mas era impossível esconder que o sonho acabou no gol de Vagner Love.

Libertadores seguiu e o Inter foi sagrado novamente campeão. Celso Roth é campeão da América e ainda por cima jogando bom futebol (outra surpresa). General Bolívar, Sandro e Guiñazu, D’ale, Alecssandro e o iluminado Giuliano vindo do banco, que time.

No meio do ano, exceção do Inter, a Copa do Mundo era o destaque o Brasileirão seguia um mistério, quem vai ganhar? O Inter não queria mais; o Santos, melhor time do Brasil, perdeu Ganso, perdeu Robinho, perdeu Wesley e jogou a toalha. O São Paulo estava muito longe, o Grêmio também. O Botafogo o Atlético-PR não iriam ganhar, sobrou para os 3: Fluminense, Corinthians e Cruzeiro.

O Fluminense tinha Muricy Ramalho, o Corinthians tinha a Fiel Torcida no ano de centenário, e o Cruzeiro tinha o Cuca. A conta fechou sem rodeios: Fluminense Campeão, Cuca vice e Corinthians em 3º. Talvez tenha faltado a raça, que é marca do timão, no final do Campeonato, porque todos nós sentimos o cheiro do Corinthians campeão e se tivesse ganho estaria em boas mãos.

Mas o título iria contrariar a lógica, não ganha um Campeonato de pontos corridos uma equipe que troca de técnico duas vezes. Mano Menezes, Adilton Batista e Tite? Mano por questões maiores, Adilson por desgaste e Tite caiu de paraquedas. Logo, foi premiado o maior vencedor da era dos pontos corridos, Muricy Ramalho. Mesmo com lesões e briga com o Departamento Médico do clube conseguiu contornar a situação e contou com ajuda de um guerreiro, Conca. Parabéns ao Flu e ao Santos.

E o Cuca?? Vice de novo...

Otávio Tramontina

Santos, Inter e Palmeiras: os grandes vencedores de 2010

Finalizada a temporada do futebol brasileiro, exceção do Colorado que disputa o Mundial de Clubes, três times de destacaram como os maiores vencedores do ano: Santos, Internacional e Palmeiras. Se bem que a decisão da CBF oficializar a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa como títulos de Campeonato Brasileiro teve um pouco a ver com isso.

O Santos foi o grande vencedor de 2010. O alvinegro da Vila Belmiro levou o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil com folga, e por merecimento do futebol mais vistoso do ano foi premiado com 8 títulos de campeão brasileiro. O time dos craques Neymar e Ganso, contou com uma ajudinha do Pelé para tanto.

O Internacional levou com méritos a Libertadores desse ano, o torneio mais desejado do futebol sul-americano e, na minha opinião, o mais complicado do mundo. Ainda está na disputa pelo título Mundial e com a Inter de Milão na fase que está, tem boas chances de levar o Bi. Em 2006 venceram um time muito mais complicado do Barcelona.

O Palmeiras com a decisão da CBF foi o que se deu melhor. Após não chegar à segunda fase do Paulista, ser eliminado pelo Atlético Goianiense na Copa do Brasil, terminar em 10^o o Brasileiro e  perder pro Goiás na semi-final da Copa Sul-Americana, ganhou 4 títulos brasileiros. Agora divide com o Santos a posição de maior campeão brasileiro com 8 títulos cada.

Justo ou não – acredito que o seja – é bom nos acostumarmos com a nova ordem de títulos nacionais, ou esperarmos que a CBF edite outra. A confirmação dessa, sai semana que vem.

Rodolfo Castro

Ei, videogame também é futebol. Já jogaram o FIFA 11?

Futebol e jogos do esporte para videogame sempre andaram juntos. Lembro-me pequeno alternando os bate-bolas na rua ou quintal de casa em Pinda, ou quadra do prédio, com International Super Star Soccer (Deluxe!) pra Super Nintendo e Super Sidekicks no fliperama em Ubatuba.

Quando realmente comecei a jogar futebol mais competitivo no clube, as bolas da vez eram o Championship Manager, famoso CM, e o Winning Eleven, ou “pês” para os mais novos. Foram “algumas” noites acordado na companhia de amigos praticando esses dois excelentes esportes.

O CM era complexo e duradouro, exigia determinação e algumas horas de estudos analisando contratações e táticas. O Winning, o extremo oposto, pura diversão sem precisar gastar 1 neurônio, cheio de manhas e vícios, e muito veloz.

Saltando alguns anos até os dias atuais, tenho de confessar que encontrei algo próximo da perfeição, o FIFA 11. Largar da outra franquia foi complicado, mas depois da penúltima edição do jogo da EA Sports (tédigames) pode ter sido pra sempre.

O FIFA 11 é disparado o melhor jogo que já joguei. Complicado de fazer gols, cheio de comandos e dribles (e comemorações), encontrões pra disputar a bola, excelentes goleiros e... é muito TOP e se aproxima ao máximo da realidade.

Do pouco que joguei (tenho-o há 1 mês) dois modos têm se destacado. O manager mode e o modo online. O primeiro está muito bem feito com um layout e menu muito bem elaborados. Ideal para quem gosta de gastar um tempo e se divertir.

Os jogos online são o grande diferencial. O sistema encontra jogadores do mesmo “nível” que o seu e os coloca rapidamente para batalha. Se a conexão funcionar bem é diversão e nervosismo garantidos. Esses dias joguei contra um argentino (River x SPFC), que ficou tocando bola o jogo inteiro bem ao estilo toque me voy. Um puto se queres saber! Ganhei de 2 a 1, mas queria mesmo é ter um microfone para ficar xingando-o todo o jogo.

E você, qual seu jogo predileto e por quê?

Rodolfo Castro

p.s.: Se quiser desafiar procure por tatarod no PS3. 
p.s.2: Mudando um pouco a linguagem após umas horas de Crush It!
PS3: Taí um videogame muito bom!

Fluminense leva o Brasileirão 2010 – estamos formando campeões ou times regulares?

Os dois últimos campeonatos brasileiros foram os mais disputados na recente história dos pontos corridos. As rodadas finais do Brasileiro 2010, e a última em especial, ilustraram bem essa acirrada competição. Mas será que não estamos nivelando nossa competição nacional por baixo?

Jamais tirar o mérito do Fluminense. Os tricolores foram os mais eficientes e os mais merecedores, por raça, vontade e coração. Sem falar no melhor jogador disparado do Brasileiro, o argentino Dario Conca, que levou 3 prêmios na festa do Craque do Brasileirão 2010. E o melhor treinador do país, Muricy Ramalho, que conquistou seu 4º título dos últimos 5 disputados.

Mesmo assim, ganharam dois jogos de lambuja na reta final e penaram para bater o rebaixado Guarani sem seus principais jogadores, com ou sem mala branca.

Outro exemplo seguindo essa linha é o Corinthians. O time que dependia exclusivamente de suas forças para ser campeão há 3 rodadas do fim empatou com o Vitória e na última rodada com o Goiás. Dois times que disputarão a série B no ano que vem. De quebra, perdeu a 2ª posição para o Cruzeiro e terá que disputar a pré-Libertadores ano que vem.

Não bater o time B do Goiás, independente do resultado do Engenhão, para um time com os selecionáveis Jucilei, Elias, Ronaldo e Roberto Carlos, é sinal de quem nossos times grandes não são mais tão grandes assim? A campanha dos últimos campeões brasileiros (São Paulo e Flamengo) também é um bom exemplo disso.

O pior e infelizmente, é que acredito que os pequenos também não estão se tornando maiores.

E pra você? É a fórmula de pontos corridos? A falta de craques? Comente...

Enfim, parabéns ao Fluminense, ao Muricy Ramalho e a torcida tricolor! Foram os mais merecedores de levantar a taça.

Rodolfo Castro

Depoimento de um esmeraldino: "90 minutos para a glória"

Ontem vivemos um sentimento raro no coração dos esmeraldinos, a emoção real do futebol. E isso, graças à fina ironia de quem conduz o destino dos destinos do futebol, no ano mais desastroso da história do clube: endividado, desgovernado, desmotivado, humilhado e, por fim, rebaixado. Um ano para se esquecer.

Surpreendentemente o Goiás se reergueu de uma de suas maiores tragédias: ao ser rebaixado no domingo e se classificar para uma inédita final sul-americana na quarta-feira, contra todos os prognósticos.

Somente isso poderia trazer de volta a alma aos esmeraldinos, todos eles, descrentes do futebol por conta das besteiras que fez a diretoria, do elenco medíocre, de treinadores arrogantes e fracassados que passaram pelo clube este ano e da pouca vontade de ganhar algo maior, que parecia ser a sina eterna do Verdão do Cerrado.

Ontem, os torcedores do Maior do Centro-Oeste mostraram do que são capazes: lotaram o Serra e acuaram os argentinos e seus agregados, que tiveram até de ceder um pedaço de seu espaço para que coubesse mais um pouco de sofredores em traje esmeralda.

Ressuscitamos para o futebol e para a vida! E celebramos a ressurreição com uma das festas mais bonitas que já se viu no Serra Dourada. Em campo, o time, fez sua parte. Uma retaguarda eficiente e dura e com a sorte vestindo verde, conseguimos 2 gols sofridos em contra-ataque (He-man e Otacílio Neto).

Duas explosões verdes nas arquibancadas. Dois instantes de extrema alegria!

Renascidos então, estamos a dois tempos da maior conquista da história deste humilde clube. Parabéns Goiás! Pra cima deles em Avellaneda.

Leewing Andrade Wang

A tristeza de ver o Barcelona jogar

Como é triste ver o Barcelona jogar. O Camp Nou lotado em dia de clássico contra seu maior rival, o gramado impecável em que a bola rola e não quica, e o alambrado próximo ao campo porque a educação permite.

O miolo de zaga não dá chutão e nem joga bonito. Os laterais ocupam toda a marginal do campo, quando não o campo inteiro. O meio ensina a natureza a ser mais harmoniosa. Xavi e Iniesta desenham as jogadas e a bola faz questão de passar pelos seus pés. Na frente Villa e Pedro disparam nas diagonais sempre que podem e desperdiçam chances quase que nunca.

Fonte: Reuters

Messi é um capítulo à parte. Corre mais que todos e se intimida com ninguém, ataca de todos os lugares do campo e de todos os jeitos. Dribla, cruza, assiste, passa, apanha, levanta, chuta e brinca de jogar. Dos vídeos que vi é o novo Diego, dos jogadores que vi é o novo Pelé.

O poderoso Real Madrid entrou na ciranda e só conseguiu sair 5 gols e 90 minutos mais tarde. O time merengue brigou muito e não jogou nada. Porém, não os culpo por deixar o campo com a alegria arrancada. O Barcelona é triste de ver jogar.

Rodolfo Castro

Verdão é o Goiás

Lembro-me mais novo quando realmente comecei a acompanhar futebol que a equipe alviverde era uma máquina de jogar bola, sagrou-se com méritos bi-campeã Brasileira (93-94). Em seguida veio o time campeão da Mercosul (98) e Libertadores (99). Depois disso... bom, passados 11 anos da última conquista de expressão, a pergunta que me vem a cabeça é: O que aconteceu com o Palmeiras, deixou de ser time grande?

Prefiro acreditar que não, mas o que se viu ontem (24) no Pacaembu dá margens para dúvida. A derrota em si, entretanto, não me preocupa. Foi um jogo de dois times de técnica limitada. O Goiás soube explorar seu jogo aéreo aproveitando da péssima marcação dos laterais do Palmeiras, fez seus dois gols com bolas alçadas na área e saiu com a vitória. A análise técnica do jogo foi simples assim.

O que é preocupante é como um time com um resultado favorável no 1º jogo da semi-final, que amarga um significativo jejum de títulos importantes e diante de um estádio lotado, joga 90 minutos de um futebol completamente apático, sem garra e sem vontade nenhuma de vencer! Foi assim ontem, foi assim na reta final do Brasileiro ano passado e tem sido assim nos últimos 10 anos – retirei dos 11 anos de jejum, o ano referente ao título de pura garra da Série B.

O que aconteceu com o Palmeiras? Estará fadado aos títulos estaduais ou torneios de menor importância?

Novamente prefiro acreditar que não. Quero, como amante do futebol, a volta do alviverde imponente no gramado em que a luta o aguarda! Mas até que as coisas não se ajeitem na SEP, o Verdão é o Goiás.

Rodolfo Castro

Arbitragem brasileira: porque esses %$#@ são tão ruins?

Nessas últimas rodadas do nacional têm se discutido muito sobre a arbitragem, como ela pode influenciar o resultado de uma partida e até de um campeonato. A ideia desse artigo não é elaborar um dossiê de erros ou uma teoria da conspiração para explicar um título, mas debater os porquês da arbitragem brasileira ser tão ruim.

Segundo dados do Instituto de Estatísticas de Mesas de Bar (IEMB), 56% das palavras proferidas em estádios de futebol na capital paulista são xingamentos. No interior, devido ao maior consumo de álcool e excesso de ruindade dos atletas, esse número chega a 78%.  O IEMB aponta que do total desses xingamentos mais da metade é destinada aos juízes e seus familiares, e se for considerado o trio de arbitragem e seus familiares, o valor salta pra 83%.

O destino dos palavrões tem sentido: a arbitragem brasileira de todos os campeonatos internacionais que acompanho é de longe a pior. Segue meus pensamentos a respeito do tema:

1. O futebol brasileiro é o mais faltoso do mundo e o menos violento. Por mais contraditória que pareça a afirmação, nossos juízes foram acostumados a apitar qualquer encontrão, fingimento, queda, esbarrão, assopro, e outras mais que não se enquadram na categoria falta!

2. O critério adotado depende exclusivamente da região do campo. Laterais do campo próximas a grande área são um excelente lugar para o time favorito sofrer faltas, pois possibilita perigosos cruzamentos. Próximo a meia lua a história é outra, o zagueiro tem que descer a botina ou o volante chegar atrasado dando carrinho por trás. Quando se trata de dentro da grande área a antes confusão vira um completo caos.

3. As partidas são conduzidas, não arbitradas. Juízes brasileiros são os que mais marcam “perigo de gol” e acreditam que amarrar o jogo com faltas inexistentes (tópico 1) é uma excelente estratégia para conduzir uma partida. Sem levar em conta a chatice que fica o jogo, com mais bolas alçadas na área do que tabelas no meio campo, com mais jogadores cai-cai do que brigadores.

4. Bandeiras são outro grande impedimento. A culpa não é toda dos juízes, seus auxiliares têm uma enorme capacidade de atrapalhar a partida. É incalculável a quantidade de erros de bandeirinhas em lances claros, em difíceis acredito que façam as marcações aleatoriamente.

Considerações finais:

Poderia escrever tópicos e horas a respeito do tema, mas esses 4 pontos são o que mais me incomodam. Não acho a arbitragem internacional perfeita – quem não se lembra dos erros da Copa do Mundo -, mas a arbitragem nacional está matando nosso esporte e isso me é preocupante. O futebol brasileiro está deixando de ser um jogo brigado, praticado por homens e guerreiros, para se tornar um jogo de frangas e donzelas.

Quem mais tem vontade de entrar na televisão e dar um carrinho no tornozelo pra ver se machuca mesmo esses jogadores cai-cais? Pra aí sim, esses juízes que são os principais responsáveis por isso, terem razão para marcar falta.

Rodolfo Castro

Liderança Tricolor

Não entendo que tanto carnaval a imprensa brasileira faz sobre “entregar” um jogo. É claro que existe e cego quem acredite que não. Nesse domingo foi a vez do São Paulo jogar para não vencer e tomar uma “goleada” do Fluminense, que com o resultado e um tropeço do Corinthians assumiu a liderança isolada do Brasileiro. Faltando mais duas rodadas e um jogo contra outro rival alvinegro, o Palmeiras, o Fluminense tem duas partidas fáceis para se sagrar campeão.

O jogo na Arena Barueri já tinha o resultado traçado desde o empate entre São Paulo e Vasco que reduziu a quase zero as chances de vaga na Libertadores. Durante a semana a imprensa ficou naquela ladainha de que o time entregaria o jogo para se “vingar” do arquirrival Corinthians, que entregou o jogo para o Flamengo ano passado na mesma situação. É óbvio que os dois times entregaram, tão óbvio quanto a impossibilidade de algum jogador assumir que o faria. Ou alguém esperava uma entrevista assim:

- E ai Alex Silva, o São Paulo vai entregar o jogo pro Fluminense? - pergunta o sem assunto do repórter.

- Claro! Vamos atacar um pouco pra fingir que estamos na luta, quem sabe até fazer um gol, e no fim do jogo entregamos com uma ou duas expulsões e batendo cabeça na zaga - responde o jogador sincero.

O Corinthians e o Grêmio fizeram em 2009, o São Paulo e o Inter fizeram nessa última rodada – o Botafogo foi tão mal que conseguiu entregar um jogo entregue – e acredito que o Palmeiras também o fara na próxima rodada. Falta de profissionalismo é não fazer a vontade da torcida, pois são eles que pagam os salários dos jogadores.

Agora, ouvir reclamações em relação à fórmula de pontos corridos que possibilita esse tipo de combinação é muita demagogia, principalmente de São Paulo e Corinthians, que dependiam apenas de suas próprias forças e não tiveram a capacidade de bater Goiás e Vitória. O campeonato de pontos corridos é a fórmula mais justa e que premia o time mais regular.

Os times brasileiros e os torcedores tem que entender que todo jogo é uma final e se diversos pontos não tivessem sido desperdiçados, uma entrega aqui ou acolá de times que não tem pretensão nenhuma, não faria diferença alguma.

Rodolfo Castro

p.s.: O comportamento das torcidas em campo na Arena da Baixada, destacados pelo SporTV, diz tudo. Ambas comemoraram os gols do Flu e gritaram o nome de Muricy. E no fim do jogo a torcida do Fluminense gritou: "São Paulo!".

Portugal aplica goleada na carinhosa Fúria

Em dia de amistosos internacionais com grandes expectativas de ótimos jogos, quem optou por assistir Portugal e Espanha se deu melhor. O time capitaneado por Cristiano Ronaldo aplicou uma goleada na carinhosa última campeã mundial – que nos dois últimos confrontos contra grandes equipes tem sido uma verdadeira mãe.

O amistoso em comemoração à candidatura ibérica a Copa de 2018 realizado no Estádio da Luz, na capital portuguesa, terminou em 4 a 0 para os donos da casa com direitos a “Olé” e “Solta roda vira – solta roda vem”, mas poderia ter sido mais. Hugo Almeida, Carlos Martins e Hélder Postiga (2) – pra ele deixar dois é sinal que a coisa ta bem fácil - deixaram os seus. E o fominha do Nani conseguiu anular o que seria uma pintura do CR7 (?!).

Ronaldo ganhou uma bola no meio campo aos tropeços e saiu em disparada. Recebeu a bola mais a frente com Pique Ibrahimovic na sua marcação, ele gingou levou pra perto da linha de fundo e aplicou um lindo corte com o calcanhar. Depois penteou a bola como se estivesse jogando salão e encobriu o gigante Iker Casillas. Quando a bola estava entrando - e definitivamente iria entrar – o animal do Nani botou a cabeça nela pra “roubar” o gol. Pra quê? Pro juiz marcar impedimento e CR7 ficar sem essa nos seus melhores momentos nos vídeos do Youtube. O chilique de Cristiano Ronaldo foi mais do que compreendido.



Mesmo assim, no fim das contas muitas garrafas de vinhos do Porto devem ter sido consumidas, pois esse é um jogo pra ficar na história.


Rodolfo Castro, atendendo à pedidos.

Liderança (in) questionável

O Corinthians reassumiu a liderança provisória e isolada do Brasileirão faltando 3 rodadas para o fim em um jogo que não faltou polêmica dentro e fora de campo. Agora o Timão depende exclusivamente de suas forças para levantar uma taça no ano de seu centenário. O motivo pelo uso dos parênteses no título do artigo, explico a seguir.

O alvinegro – posso estar enganado – é o único time que permaneceu entre as 3 primeiras colocações no campeonato e liderou por grande parte. E apesar de eu não considerar um time formado por ótimos jogadores, exceções os que já vestiram a amarelinha, ele foi muito bem armado pelo Mano e merece ocupar a posição que está pelo futebol que praticou durante o campeonato. Um futebol equilibrado, defensivo, de poucos erros e eficiente. Além disso, após 7 jogos sem vencer na reta final, ainda teve força pra se reerguer e reassumir o 1º lugar. Por essas razões a re-conquista da liderança é inquestionável.

Questionável foi como ela foi construída em cima do Cruzeiro. E nada explica melhor do que uma matéria do GloboEsporte, exibida na última segunda-feira (15/11/10) (vídeo abaixo). Foram muitos lances polêmicos e que prejudicaram o Cruzeiro. Mesmo assim não chega ao ponto de manchar o campeonato do Timão. Há 6 rodadas o time foi prejudicado contra o Guarani, bem como foi ajudado outras várias vezes. Alguns times são beneficiados pela arbitragem, foi assim com o São Paulo em 2007 e Flamengo 2009. Mas são, diríamos, sorte de campeão, uma tendência da arbitragem em marcar mais pra times grandes. Erros longe de serem taxados como o esquema de 2005.

Rodolfo Castro

Enfim, os três líderes vencem seus jogos

Desde a 24ª rodada os três principais concorrentes ao título de campeão Brasileiro não confirmavam em conjunto o favoritismo. Na última rodada, entretanto, Corinthians, Cruzeiro e Fluminense venceram seus difíceis jogos e se distanciaram dos outros times que nas últimas rodadas vinham se aproximando. O Cruzeiro e Fluminense bateram seus rivais pelo placar mínimo, e o Corinthians manteve a freguesia de quase 4 ano frente ao São Paulo.

O carrasco Elias e a manutenção do tabu

O clássico no Morumbi foi um bom jogo, muito brigado e emocionante, com os nervos, principalmente dos torcedores, a flor da pele. Foi a primeira vez nos últimos 2 anos que os dois times se enfrentavam em patamares parecidos, vindo de uma boa sequência de jogos e jogando um bom futebol.

O Corinthians dominou o primeiro tempo. Os ataques alvinegros vieram inicialmente dos pés de Ronaldo, mas todo mundo tentou deixar o seu: Roberto Carlos bateu ótima falta; Dentinho deu um chute perigoso; o inconstante Bruno César perdeu uma boa oportunidade depois de um rápido contra-ataque; e Chicão obrigou R. Ceni a fazer difícil defesa. A única chance clara do São Paulo no primeiro tempo foi um forte chute de Jean reboteado por Julio César e que o Ricardo Oliveira tentou guardar de cabeça, muito pouco... E aos 30 minutos, uma jogada dos selecionáveis do ex-comandante Mano abriu o placar. Jucilei deu excelente passe para o carrasco tricolor, Elias, dar uma cacetada sem chances para Rogério.

Fonte: GE

No segundo tempo o time atacante mudou e a ofensiva se iniciou com um maravilhoso elástico/rolinho de Ilsinho em cima do Roberto Carlos. O São Paulo veio com tudo para tentar reverter o placar e obrigou Julio César a fazer ótimas defesas de tudo quanto é jeito: um chute a queima roupa, divididas de bola e boas espalmadas, mas nenhuma com extremo perigo. Mesmo assim, foi o Corinthians quem fez o segundo gol da partida. Após iniciar a jogada com um toque de letra, Dentinho correu para o meio da área e completou cruzamento de Alessandro para sacramentar a vitória alvinegra. O tabu agora dura 11 jogos (7 vitórias) e em 11 de fevereiro completará 4 anos, uma bela freguesia.

Fluminense, Cruzeiro e as 4 rodadas finais

Zêro e Flu também ganharam seus difíceis jogos. O Cruzeiro bateu o Vitória fora de casa com gol contra de Jonas e o Flu bateu o seu rival Vasco, com gol de Tartá e mais um tanto outros de gols perdidos pelo Washington. No próximo domingo os comandados de Muricy Ramalho encaram o Goiás no Engenhão, enquanto Corinthians e Cruzeiro fazem um jogo que vale muito mais que 6 pontos no Pacaembu um dia antes, uma “semi-final antecipada”.

O Fluminense tem o caminho mais fácil para o título, além de depender somente de seus resultados para ser campeão, com os fracos Goiás e Guarani em casa, e os rivais alvinegros São Paulo e Palmeiras – ambos com dificuldades de obter a vaga na Liberta devem entregar seus jogos, como todo time faz e fala que não. O Corinthians, o 2º colocado na tabela, tem o Vasco em casa, e Vitória e o algoz do rebaixamento Goiás fora. Já o Zêro, pega o Vasco e Palmeiras em casa e o Flamengo, fora de qualquer batalha, fora.

Rodolfo Castro

Salve São Jorge

É isso que dá fazer previsões para o campeonato de futebol mais disputado do mundo, o Brasileirão. O Futebol de Botequim, que previu que o Corinthians tinha dado adeus ao título e apostou em 7 resultados na última rodada, queimou a língua. E de maneira categórica. Dos 7 resultados, acertou 1, e viu o time dos devotos de São Jorge voltar definitivamente à briga pelo título. A rodada em homenagem ao Rei do Futebol não poderia ter sido melhor para o Timão.

O clássico no Pacaembu foi um jogo morno. Valeu pelos 30 minutos iniciais de ataque do Corinthians, com boas jogadas de Ronaldo e Jucilei, pelo gol de Bruno César, e pelas ótimas atuações de Elias e Julio César. O último fez ótimas defesas da única arma ofensiva do Palmeiras no jogo, a bola parada de Marcos Assunção. Valdivia, que entrou só na segunda etapa e abaixo das condições ideias, e Kleber, pouco fizeram. Com o apito final a torcida Corinthiana ficou de zicar os outros times, e o santo guerreiro deu aquela mão!

O favorito Cruzeiro viu Obina marcar três vezes e liderar o Galo Mineiro para uma vitória de 4 a 3. Montillo ainda perdeu um pênalti numa tentativa mal sucedida de “cavadinha”. Se continuar assim Dorival Junior será canonizado em Minas Gerais. Outro jogo que teve influência da “zica alvinegra” ocorreu na vila mais famosa do mundo. O Santos perdeu de virada (3 a 2) pro lanterna do campeonato após estar vencendo por 2 a 0, viu Neymar também errar um penal e estragou a festa da sua torcida e dos 70 anos do Rei Pelé.

O Corinthians está a 1 ponto do líder do campeonato, o Fluminense, e joga no meio de semana contra o Flamengo no Engenhão (RJ), time, porém, que adora estragar as aspirações corintianas a títulos.

O campeonato mais acirrado do mundo fica no aguardo e o Futebol de Botequim dá uma sossegada nos palpites...

Nota 1 - Um fato curioso no clássico Paulista foi ver o grito uníssono das duas torcidas rivais comemorando os 2 gols do Ceará sobre o São Paulo, e os 2 do Atlético Paranaense sobre o Fluminense – jogo que terminou empatado em 2 a 2, garantindo a liderança ao Flu.

Rodolfo Castro

Apostas da rodada do fim de semana

De um marasmo habitual de uma competição de pontos corridos, exceto se seu time estiver na ponta ou zona da degola, a reta final do Brasileiro exala emoções. É quando todos os jogos se tornam batalhas, quando os times que não jogaram nada durante o ano inteiro resolvem mostrar seu futebol e tentar recuperar o tempo e pontos perdidos. Para esse fim de semana, porém, algumas dessas 10 batalhas serão verdadeiras guerras.

Às 16 horas de domingo no Pacaembu terá início o maior clássico da capital paulista, Corinthians x Palmeiras. O Verdão venceu bem no meio de semana pela Sul-Americana com boas atuações de Valdivia e Kleber, que devem receber marcação especial, e chega com moral. A Sociedade Esportiva Marcos Assunção não sabe o que é perder há 7 jogos no nacional e uma vitória no clássico os coloca na briga de vez pela vaga na Liberta. Pelo lado do alvinegro o jejum, também de 7 jogos, é pela falta de vitórias. Os agora comandados de Tite, que conta com a volta de importantes reforços, jogam todas suas fichas no clássico para espantar a má fase e voltar a sonhar com o título. É vencer ou vencer, ainda mais com o Santos jogando em casa contra o Grêmio Prudente, podendo passar o Corinthians na tabela.

Meu palpite é um empate com gols do eficiente Marcos Assunção e do Ronaldo, que tem no Palmeiras sua vítima predileta.

Em Minas Gerais, no Parque do Sabiá, Cruzeiro e Atlético-MG fazem um duelo de Davi contra Golias. A equipe Celeste perdeu na última semana a oportunidade de arrancar na liderança e não tem outro pensamento em mente que não os 3 pontos. Nos últimos 16 clássicos foram 13 vitórias cruzeirenses e a expectativa é de que essa tendência se mantenha. O Galo, que melhorou seu futebol após a chegada de Dorival e luta com todas as forças pra sair da zona de rebaixamento, não deve ser páreo para Montillo e Cia. A histórica bíblica nesse caso deve ter outro final.

Há aproximadamente 1600 km, no mesmo horário, acontece em Porto Alegre o GRE-NAL, uma guerra mais importante para o Rio Grande do Sul que a Guerra dos Farrapos. O jogo terá o forte e em excelente fase Grêmio contra o time brasileiro que apresentou o melhor futebol em 2010, será um duelo de Titãs, como o sempre é. Pelo lado do Tricolor Gaúcho, apesar do time todo estar em um excelente momento, Jonas e Douglas devem ser observados com atenção. O primeiro, o que chuta vira gol, e o segundo, tem criado jogadas com maestria. Do lado Colorado, atenção ao D’Ale, que como o camisa 10 adversário tem conduzido muito bem seu time, e ao Alecsandro, que deseja fazer as pazes finalmente com a torcida.

Acredito que o Grêmio deva sair com os 3 pontos, com meio gol de diferença no placar.

Para o restante dos jogos, segue um printscreen de minha aposta efetuada.

E vocês? Quais os palpites para a 31ª rodada?




Rodolfo Castro

Tudo junto e misturado

A 30ª rodada do Brasileirão serviu pra embolar de vez o campeonato e a luta pela vaga na Libertadores, ainda mais com o anúncio da 4ª vaga de volta. Foi também a rodada da turma do “meião”, já que nenhum dos 5 primeiros colocados venceram.

Alguns jogos merecem destaque:

Grêmio 2 x 1 Cruzeiro – o Imortal tem feito jus ao seu nome e vem em uma ascensão impressionante desde que Renato Gaúcho assumiu o controle do time. O time liderado pelo artilheiro do campeonato (alguém apostava nele?) Jonas vem colecionando vítimas e dessa vez foi a forte equipe do Cruzeiro, o favorito ao título. Pelos melhores momentos e jogo foi muito bom, bem brigado como o sempre é no Olímpico. Pena que tivemos um gol anulado do W. Paulista e um pênalti duvidoso que o Jonas converteu em mais 3 pontos para o Grêmio, o que mudaria o título desse post.

Guarani 0 x 0 Corinthians – o jogo no Brinco de Ouro teve um ótimo 1º tempo com ambas as equipes buscando e precisando marcar. O Guarani pra se distanciar da zona de rebaixamento e o Corinthians pra sentir novamente o gosto da vitória após semana conturbada.

No meu último post fizeram um comentário sobre o fator Ronaldo e realmente ele mostrou que ainda dá um trabalho pros zagueiros e pode liderar o time para uma arrancada, não dá mesmo para subestimá-lo. O ex-ainda-Gordo chegou a marcar 2 vezes: a primeira bem anulada após toque de mão e a segunda anulada erroneamente. O empate foi um resultado justo com Chicão salvando um gol na linha em cabeçada livre do Fabão, o travessão salvando o Bugre após boa cavadinha do Paulinho e... bom, e o gol que o Moacir perdeu na cara.

Pro Curínthia, o anúncio de Tite é uma boa notícia e uma vitória frente à Sociedade Esportiva Marcos Assunção pode dar o gás que faltou nas últimas 7 rodadas.

São Paulo 4 x 3 Santos – quando Alan Patrick abriu o placar aos 3 minutos de jogo após falha do Ceni, imaginei que o São Paulo iria tomar uma tunda e perder a 5ª partida pro Santos no ano. 20 minutos depois, achei que o Tricolor que iria massacrar os Meninos da Vila, quando Dagoberto marcou seu 3º gol na partida (o último depois da assistência do Pará).

Pouquíssimo tempo mais tarde o mesmo Pará fez boa jogada pra cima de Miranda e tocou para Zé Love diminuir. Daí, as duas torcidas ficaram esperando quando Ricky seria expulso para o jogo pegar ainda mais fogo. Dito e feito, em uma de suas jogadas clássicas ele recebeu o segundo amarelo justíssimo e foi esbravejando pro chuveiro. Nada mudou, o São Paulo continuava com 10 homens em campo (hehhehe – by @oclebermachado).

Cerca de 15 minutos mais tarde, o Peixe empatou com Nêy de pênalti. Que foi pênalti só no Brasil e só no Neymar. O jogo permaneceu aberto com as duas equipes criando chances claras e exigindo excelentes defesas de Air Ceni e Rafael, uma partidassa de ambos. Entretanto, nos acréscimos, depois de ter perdido duas chances claras e ter sido chamado de Rodovia dos Bandeirantes e Avenida dos Imigrantes aqui no blog, Jean deu a vitória ao Tricolor.

Rodolfo Castro

Clássicos regionais agitam o domingo

Esse final de semana tem tudo para ser um dos emocionantes do campeonato brasileiro ate então. Com 9 partidas restantes, (e agora com todas as equipes com o mesmo número de jogos) a briga pelo título, por vaga na Libertadores e pela permanência na primeira divisão promete ser acirrada. Dois clássicos regionais prometem agitar o domingo, São Paulo x Santos no Morumbi e Fluminense x Botafogo no Engenhão.

O clássico carioca irá mostrar quais são as pretensões das duas equipes nessa reta final de campeonato. O Flu, que deixou a liderança escapar tem tudo para mostrar o futebol que vinha encantando a todos e encostar no líder Cruzeiro. Deco com estiramento na coxa continua fora, porém, o tricolor das laranjeiras conta com a volta do selecionável Mariano, Diguinho e do "Sheik" Emerson, recuperado de incômodo muscular e das bolhas que vinham o atrapalhando.

Já os comandados de "Papai Joel" jogam suas fichas nesta partida. Após deixar escapar os três pontos diante do Palmeiras o Botafogo joga novamente "em casa" e quer a vitória. M. Mattos deve retornar à equipe e auxiliar na proteção da zaga, formada novamente por Antônio Carlos e Marcelo Rosário, que apesar da falta de entrosamento atuaram bem contra o Palmeiras. Do meio pra frente o Fogão deve ser o mesmo, é esperar pra ver.

Na capital paulista o Tricolor fará de tudo para apagar a fama de freguês do Santos em 2010. O Alvinegro de Vila Belmiro venceu as 4 partidas disputadas do ano e vem embalado na busca de mais uma vitória, sonhando com possibilidade de título. O Tricolor por sua vez, 100% sob o comando de Carpegiani, aposta todas suas fichas no quarteto ofensivo formado por Fernandinho, Lucas, Dagoberto e Ricardo Oliveira. As duas Equipes contam praticamente com forca máxima. O Santos não tem Léo, que sofreu uma queda na última partida contra o Inter e deve desfalcar a equipe, e Paulo Henrique Ganso que ainda se recupera de lesão, entretanto, conta com as voltas de Keirisson e Madshow. Já o Tricolor vem de forca máxima. A espera é de um jogão nesse domingo no Morumbi.

Nota 1 - A preocupação nas duas partidas fica em relação à qualidade do gramado. No Morumbi dois shows aconteceram semana passada, Bon Jovi e Rush; e no Engenhão o gramado, que já não é dos melhores, passa por desgaste pelo excesso de partidas após a interdição do Maraca, e Flamengo x Internacional duelam no estádio um dia antes da partida. Uma pena!

Nota 2 - A partida entre São Paulo e Santos foi alterada das 18:30 para as 19:30h.


Otávio Tramontina

Caminhos alvinegros opostos

Quem me conhece sabe que apostei no alvinegro praiano como favorito ao título desse Brasileiro, confesso que desacreditei no potencial dos meninos da vila no meio do campeonato e que nem acredito mais que erguerão a taça, mas essa ascensão no fim do campeonato pode surpreender. No caso do alvinegro da marginal, minha opinião era oposta.

Acreditava, após uma fraca atuação no paulista e eliminação precoce na Libertadores, que o time não brigaria pelo título Brasileiro de 2010. Entretanto, o que se viu foi um cenário bem diferente. O Curinthia despontou no brasileirão como um dos favoritos ao título, com uma equipe muito bem armada pelo Mano, onde os atacantes – Dentinho e JH – iniciavam a marcação na frente e dificultavam a saída de bola adversária.

Ainda tinha a dupla de volantes/meias bem afiada pra segurar o ímpeto dos meias, fazendo com que a bola dificilmente chegasse a fraquíssima zaga alvinegra – pra não usar o termo ridícula. No ataque Bruno César vinha jogando muito, Elias e Jucilei chegando bem ao ataque, e até o Iarley vinha marcando seus golzinhos. Sem falar no 12º homem – o juiz, não a torcida – que vinha dando aquela forcinha.

Por lesões, mudança de técnico e, principalmente, de vibração dentro de campo, essa situação favorável veio abaixo. O Corinthians conquistou 2 pontos nos últimos 18 disputados e deu adeus a disputa pelo título ontem (13) após uma atuação pífia contra o Vasco. Quiça ficará com a vaga para a Libertadores, já quem tem um caminho difícil nesse fim de campeonato, e vê seus concorrentes diretos ganhando seus jogos.

Fonte: GloboEsporte.net

Pro lado do alvinegro praiano, a história foi diferente. Após um início ruim, em razão de priorizar a Copa do Brasil, o time vem em franca ascensão e está cotado a levantar a tríplice coroa.  O Nêy, muito mais gênio que monstro, vem suprindo a saudade do Ganso, e Zé Love vem marcando seus golzinhos no melhor estilo Dodô.

O time está redondo e jogando um futebol mais competitivo. Só não acredito que levantará a Tríplice Coroa, porque o time do Cruzeiro está voando baixo.

Rodolfo Castro

Futebol pra inglês ver

A situação econômica dos clubes Manchester United e Liverpool, os dois maiores vencedores de títulos ingleses, tem tornado seus modelos de gestão literalmente pra inglês ver. Na última semana o Man U, controlado pela família do americano Malcom Glazer, anunciou prejuízo recorde de £ 83,6 milhões em razão principalmente do pagamento de juros de dívidas. Já os Reds, dos também americanos Tom Hicks e George Gillett, passa por complicadíssimas negociações de venda.

A situação em Manchester é menos calamitosa. O anúncio do prejuízo recorde veio acompanhado de um lucro operacional recorde de £ 100,8 milhões e de volume de negócios de £ 286 milhões, provenientes em grande parte pela venda de tickets, licença da marca e direito de transmissão. Porém, segue longe de ser segura, com a dívida dos diabos vermelhos avaliada em £ 521,7 milhões, além de um empréstimo que a família Glazer possui de £ 225 milhões, segurado contra as ações que eles possuem no clube.

Ao que tudo indica teremos outra temporada marcada por protestos e cachecóis verde-dourado contra a direção dos Glazers.

Fonte: guardian.co.uk

Pro lado de Liverpool, a dívida apesar de ser menor que a do rival, expira em boa parte na próxima sexta. A dívida acumulada dos Reds é de £ 351 milhões, dos quais £ 237 milhões devem ser quitados até o referido prazo ao Royal Bank of Scotland. Em busca dessa quantia os americanos Hicks e Gillett, que tomaram o controle do clube em fevereiro de 2007, colocaram o clube à venda em abril desse ano.

Entretanto, somente aos 43 do segundo tempo que as propostas oficiais apareceram e a mais importante de um grupo controlador da franquia de baseball dos Boston Red Sox. A oferta de £ 235 milhões do New England Sports Vetures, feita na semana passada foi aceita pela diretoria do Liverpool, porém, recusada pelos donos norte-americanos que a consideraram baixa. 

Então, apareceu novamente a figura do Banco Escocês que entrou com uma ação contra a tentativa de recusa de venda dos donos. E hoje pela manhã saiu o veredicto em favor do RBS e indicativo que o Liverpool terá um novo dono nos próximos dias.

Os candidatos além do NESV, são um multimilionário de Cingapura chamado Peter Lim e um fundo de investimentos norte-americano chamado Mill Financial.

Fonte: Reuters

Por fim, fica aqui nossa torcida por melhores dias para a economia do futebol na terra da Rainha. 

Rodolfo Castro

Da mesa de bar à rede

O Futebol de Botequim existe desde que o futebol se encontrou com uma mesa de bar. O que fizemos foi transferir parte desse relacionamento para a internet, a fim de aumentarmos essa rede.

Aqui, a conversa foge dos “batidos” noticiários esportivos e volta pra onde nunca deveria ter saído. Da roda de amigos, cada qual com sua visão e argumentos, defendendo suas cores e jogadores, mas acima de tudo, com o intuito de jogar conversa fora e ver o tempo passar até a próxima rodada.

Sejam bem vindos. A primeira é por conta da casa.