segunda-feira, 28 de março de 2011

Testemunhas de Rogério Ceni

“O empenho diário, o profissionalismo constante, a paixão eterna, a garra inconfundível, o exemplo inspirador, o atleta único, e, agora, o gol centenário. Se você é são-paulino, se orgulhe. Se não é, se lamente, seu time nunca terá ninguém igual. Parabéns, Capitão.”

Difícil colocar em melhores palavras o que representou o centésimo gol de Rogério Ceni na vitória de domingo (27 de março de 2011), mesmo sendo essa uma descrição do jogador.

Quando Fernandinho sofreu a falta perto da área, a torcida tricolor sabia que seu ídolo atravessaria o campo para fazer história. Foi como ele queria, de falta, foi como o torcedor (e ele torcedor declarado) queria, contra o Corinthians.

De onde estava no estádio não deu para ver a bola entrando no ângulo, mas deu para ver ele correndo comemorando como um fanático. Seus súditos foram à loucura, gritos, urros, choros, êxtase... estavam presenciando a materialização de um sonho, a história sendo escrita.

O majestoso ficou pequeno pela grandiosidade do arqueiro.



Obrigado Rogério Ceni, Capitão! Comemorar seu centésimo contigo foi soberano!


Rodolfo Castro

p.s.: O Rica Perrone escreveu um ótimo texto à respeito do Rogério em seu blog. Ao título de “O insuportável Rogério Ceni”, não precisa de mais para entender do que se trata. Vale a pena ler se o considera um ídolo ou um chato.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Fim ou manutenção da freguesia no Majestoso?

Domingo é dia de guerra entre São Paulo e Corinthians e seus respectivos torcedores. Nada move tanto as conversas em mesa de bar, redes sociais, grupos de e-mail e piadinhas entre amigos do que o clássico. A grandiosidade do Majestoso tem explicação e não só por se tratar das duas maiores torcidas no Estado.

Na última década, a rivalidade entre os dois times tem ganhado dimensão em razão de seguidas disputas por títulos Paulistas, Brasileirões, Libertadores e Mundial. Desde 2000, os dois clubes abocanharam 5 Paulistas, 4 Brasileiros, quase metade das disputas. Enquanto o Palmeiras, o maior rival (histórico) do Corinthians, ficou pra trás na disputa.

A freguesia é outro ponto crucial. Entre junho de 2003 e julho de 2007, os sãopaulinos ficaram 13 jogos sem derrota para o Corinthians, com oito vitórias e cinco empates. Após um gol de Betão, em outubro de 2007, foi a vez do Corinthians assumir o papel de dono de estabelecimento e agora onstenta uma ivencibilidade de 11 jogos.

Para domingo, na Arera Barueri, o embate ocorre com as duas equipes em bons momentos e apresentando um bom futebol, se não vistoso, vitorioso. As equipes jogam relativamente parecidas, zagas bem armadas, atacantes velozes e meio-de-campo pouco criativo.

O Corinthians aposta no matador Liédshon, enquanto o São Paulo chora a convocação de Lucas para seleção.

Para dar mais ânimo, Rogério Ceni pode marcar seu gol de número 100 sobre o arquirival.

São Paulo ou Corinthians?


Rodolfo Castro

sexta-feira, 18 de março de 2011

Decidido confrontos da Champions League. Qual seu palpite?

Nessa sexta-feira pela manhã foi sorteado o confronto das quartas-de-final do maior torneio de clubes do mundo e o Futebol de Botequim quer saber quem você acha que passa para próxima fase.


Em negrito estão meus palpites, quais os seus?

Real Madrid x Tottenham?

Chelsea x Manchester United?

Barcelona x Shakhtar?

Inter de Milão x Schalke 04?

Rodolfo Castro


quinta-feira, 17 de março de 2011

Mística Camisa Branca em: “Champions League x Libertadores”

Ontem (16) vimos em ação as duas camisas brancas mais importantes do futebol mundial: o Real Madrid e o Santos. O destino de ambas, contudo, foi bem diferente.

Enquanto o Real quebrou um tabu de 7 jogos contra o Lyon e de alguns anos sem chegar às quartas de finais da Champions League, o Santos tomou uma virada enjoada do Colo-Colo ainda no 1º tempo e não teve forças para empatar.

Tomada as devidas proporções, os dois times são até que bem parecidos: i) o organizador é aquele meia “falso lento” controlador da velocidade do jogo (Özil/Ganso); ii) o centro-avante é goleador e criador de jogadas (Benzema / Zé Love); iii) o atacante é gênio, habilidoso de dar raiva e polêmico (Cristiano Ronaldo / Neymar); iv) o volante sai para o jogo, cria e bate muito na bola (Xabi Alonso / Elano); v) o goleiro é ágil e técnico (Casillas / Rafael); vi) o lateral esquerdo é velocista e driblador (Marcelo / Léo); e vii) a zaga vai mal demais (Pepe e R. Carvalho / Edu Dracena e Durval).

Na convincente vitória por 3 a 0 do Real Madrid, o fator número 6 e que merece assumir essa camisa da seleção brasileira, Marcelo, foi decisivo. Fez um golaço em boa tabela com CR 7 e acertou um belo lançamento para Benzema fechar o caixão após falha da zaga.

O maior torneio de clubes do mundo (The Chaaaaaampions) terá felizmente seu maior vencedor nas quartas-de-final. O sorteio será realizado amanhã, às 8h.

Já no torneio de clubes mais complicado do mundo (Libertadooooores), a mística camisa branca não foi feliz. O Santos, que iniciou o jogo vencendo, viu o Colo-Colo incorporar o espírito da competição e tomou a virada ainda no 1º tempo.

A derrota se deu pela péssima atuação da zaga santista e, principalmente, porque faltou hombridade aos meninos da Vila. Sem o juiz para apitar qualquer esbarrão e atuações “fracas” dos meninos prodígios, os times ficaram nivelados. Levou quem quis e brigou mais.

O Santos agora se complica e precisa possivelmente de 3 vitórias para se classificar. Felizmente depende só de si, mas precisa alterar sua mentalidade de jogo.

Rodolfo Castro





domingo, 13 de março de 2011

Eles voltaram!


Nos últimos dois dias o futebol brasileiro, especialmente para são paulinos e santistas, teve dois grandes motivos para comemorar: Fabuloso e Ganso voltaram!


O primeiro retorna ao São Paulo após 6 anos e um negócio de quase 20 milhões de reais. Em sua primeira passagem ao clube guardou 118 tentos e agora busca, em 4 anos de contrato, a marca de maior artilheiro da história do clube de 242 gols by Serginho Chulapa.

Luis Fabiano é um jogador fora de série, técnico, matador, guerreiro e, acima de tudo, brigador. Entra no seleto grupo junto com Kléber Gladiador, Tévez e ... (disse que era um grupo seleto). Aquele tipo de atacante que intimida o zagueiro e não o contrário, que faz gol de tudo quanto é jeito, que chama a responsabilidade para si e decide jogos.

Foram essas características que o tornaram ídolo no São Paulo em uma época de títulos escassos e excesso de jogadores medíocres. “LU-IS FA-BIANO” era entoado no Morumbi como nenhum outro nome. Em seu retorno à 9 do São Paulo, Fabuloso busca gols, títulos e voltar à 9 da amarelinha, que ainda não teve nenhum realmente dono pós-Ronaldo.


O Santos jogou bola de time pequeno no 1o  tempo contra o Botafogo-RP e no intervalo, ouvia-se vaias. O bom público na Vila queria é ver o retorno de Paulo Henrique Lima, o Ganso.

Ele precisou de 199 dias e 20 segundos para nos lembrar o quanto é craque de bola. Recebeu na meia cancha e acertou um primoroso lançamento no costado da zaga para Zé Love, que rolou para o artilheiro Elano guardar mais um. Dez minutos mais tarde, deixou o dele completando cruzamento (novamente de Zé Love) na grande área.

Ganso é craque, é gênio. Um meia esquerda das antigas, com toque de bola refinado, visão e inteligência de jogo. Não vi, mas deve lembrar um Gérson ou Rivellino em início de carreira. Faz o futebol parecer simples e retorna à camisa 10 que o Santos e seleção brasileiro tanto anseiam.


Rodolfo Castro

terça-feira, 1 de março de 2011

Choque Rei: quando o extra-campo atrapalha o futebol

Quando o extra-campo ocupa mais espaço na mídia do que o futebol é sinal de que algo deu errado. Foi assim na Copa do Mundo 2010, em que se ouviu falar de vuvuzelas, Larissa Riquelme e polvo Paul. E foi assim no Choque Rei, no último domingo (27), em que a chuva e o juiz foram os centros das atenções.

A chuva intensa atrasou o início do clássico em 1 hora, serviu de piscina para alguns foliões adiantados e só. Não afetou em nada o andamento da partida.

O primeiro tempo foi do São Paulo em placar e domínio de jogo. Dagoberto e Fernandinho, sempre em velocidade, criaram boas chances. O segundo foi condecorado com uma bomba cruzada que fez cair a força no estádio. A zaga fazia partida impecável, com Miranda e Alex Silva sobrando. Lucas, observado sob os olhares antentos de seu pai, esteve sumido em campo.

O segundo tempo foi do Palmeiras por méritos próprios, contudo, teve considerável influência da arbitragem. Aos 12 minutos Alex Silva foi tirar satisfação com Michael Jackson e foi expulso, mudando os rumos da partida. O Palmeiras passou a atacar, mas parou nas boas defesas de Rogério Ceni.

No fim do jogo, após péssimas substituições do Carpegiani, o Palmeiras foi consagrado com boa jogada de Valdívia, Kléber e MJ. Empate justo pelo futebol que as duas equipes apresentaram.

O problema é que o futebol brasileiro está virando um esporte sem contato, sem batalha e sem luta. Estamos presenciando jogos decididos por jogadores que preferem cair à brigar, fingir à enfrentar. O pior: a mídia contemporiza com a situação.

MJ se jogou em um lance inexistente, depois tomou um empurrão na cabeça e sentiu o tornozelo. O Pirulito foi burro ao achar que estava no futebol europeu e acabou sendo expulso. Ele devia saber que aqui juiz apita para ser notado.


Pena para o futebol e maior azar ainda dos torcedores, que estão perdendo oportunidades de presenciar batalhas épicas.